Sou catequista desde 2000 ,minha história começou quando minha filha aos 7 anos questionou que não

24 de outubro de 2017

Introdução do RICA



 “RITUAL DE INICIAÇÃO CRISTÃ DE ADULTOS”

1.   Encontramos duas introduções:

1) “A iniciação cristã: observações preliminares gerais”;

2) “Introdução ao Rito da iniciação cristã ”.

Os cinco capítulos:
Capítulo 1: Ritos do catecumenato em torno de suas etapas;

Capítulo 2: Rito simplificado para a iniciação crista;

Capítulo 3: Rito abreviado de iniciação de adultos em perigo ou artigo de morte;
Capítulo 4: Preparação para a confirmação e a eucaristia de adultos que, batizados na infância, não receberam a devida catequese;

Capítulo 5: Rito de iniciação de crianças em idade de catequese;

Apêndice: Rito de admissão na plena comunhão da Igreja Católica das pessoas já batizadas validamente.

2. QUESTÕES:
a) Com relação à iniciação cristã, qual é a nossa realidade pastoral?

b) Qual é a nossa maior necessidade?

3.DIFERENTES PALAVRAS E EXPRESSÕES:

- Catequese com jovens e  adultos;

- Catequese de iniciação com jovens e adultos... com adolescentes... com crianças...
- Iniciação cristã / Prosseguimento da iniciação cristã / Reiniciação cristã

- Catecumenato batismal e pós-batismal / Catecumenato crismal / Catecumenato e catequese.

4. TEMPOS E ETAPAS DA INICIAÇÃO
pré-catecumenato
catecumenato
purifiacação e iluminação
mistagogia


5. COMO PREPARAR UM CATECUMENATO

a) Despertar a comunidade eclesial para a importância da pastoral da iniciação cristã;

b) Suscitar catequistas e introdutores;
c) Organizar a formação inicial de catequistas e introdutores;
d) Divulgar e oferecer o catecumenato;

e) Acolher e começar o acompanhamento personalizado dos interessados através dos introdutores.

6. O MINISTÉRIO DOS INTRODUTORES

a) O que é?
    Trata-se de um ministério de acompanhamento, “ajuda”, semelhante ao dos padrinhos. O acompanhamento é pessoal, feito através de encontros e conversas informais. Depois da apresentação mútua, as conversas podem tratar da história de vida, unida à prática da religião. No final de cada conversa o introdutor reza junto com o interessado, e/ou faz uma oração de bênção.
b) Funções:
    Nossa sugestão é dar aos introdutores as funções que o ritual atribui aos padrinhos: “ensinar familiarmente (...) como praticar o evangelho em sua vida particular e social, auxiliá-lo nas dúvidas e inquietações, dar-lhe testemunho cristão” e, depois da celebração dos sacramentos, “velar pelo progresso de sua vida batismal” (Rica, n. 43).
c) Duração:
    Começa no tempo de evangelização, continua durante o catecumenato e é substituído pelo padrinho ou madrinha, se for o caso, apenas no final do catecumenato. O introdutor ou introdutora pode ser convidado a ser padrinho ou madrinha (Cf. Rica, n. 42).
d) Critérios para escolha:
     Que não sejam os mais ativos na comunidade (pois esses não têm tempo para fazer acompanhamento pessoal), pessoas de fé, já iniciadas, constantes na vida litúrgica da comunidade e na comunhão eucarística, orante, atentas à palavra de Deus, amigas dos irmãos de Igreja, solidárias com os mais pobres, respeitosas para com todas as religiões, inclusive o catolicismo popular, simples no relacionamento pessoal.

e) Temas para a formação dos introdutores:

* A meta da iniciação cristã e sua necessidade pastoral;

* Como se realiza um catecumenato;

* O que é acompanhamento espiritual;

* Memória da própria caminhada de fé (quem o ajudou e como o ajudou);
* Atitude da introdutora ou introdutor (dicas para se estabelecer uma relação de confiança e amizade, respeito à diversidade religiosa e de situação matrimonial);

* conteúdo das primeiras conversas, durante o tempo de evangelização;

* Quando e como vai se dar o anúncio (ou memória) de Jesus Cristo;

* Outros assuntos que sentirem necessidade.


    8.  UMA PROPOSTA DE TEMPO DE EVANGELIZAÇÃO OU PRÉ-CATECUMENATO, DERIVADO DO RICA

a) O catequista acolhe o interessado e indica a ele o introdutor. O catequista, basicamente, durante esse tempo apenas acompanha o trabalho do introdutor.

b) Depois de algum tempo de acompanhamento pessoal, catequista e introdutor fazem o anúncio de Jesus Cristo.

c) Os interessados vão sendo apresentados a pessoas da comunidade.

d) Quando aparecer conveniente, os interessados são apresentados à comunidade, em reunião.

e) Nas celebrações da comunidade são incluídas nas preces intenções pelos interessados.
f) O ministro ordenado, catequistas e introdutores, verificam se os objetivos do tempo de evangelização (ou pré-catecumenato) estão sendo atingidos.

g) Quando os objetivos tiverem sido atingidos, marcar e preparar a celebração de entrada no catecumenato.

9. OBJETIVOS DO TEMPO DE EVANGELIZAÇÃO OU PRÉ-CATECUMENATO (Cf. RICA, n. 15 e 68)
1° - Adesão a Jesus Cristo;

2º - Conversão de vida;

3° - Senso eclesial.

11. PRIMEIRA ETAPA DA INICIAÇÃO CRISTÃ: CELEBRAÇÃO DE ENTRADA NO CATECUMENATO (RICA, n. 68-97)

     12.  OBJETIVOS DO TEMPO DO CATECUMENATO
1. Fé: adesão e vinculação afetiva e efetiva a Cristo;

2. Conversão: mudança de vida e perdão dos pecados;

3. Dom da graça: introdução no mistério e experiência da salvação de Deus, por Cristo, no Espírito Santo;
4. Comunhão: acolhida e aceitação da convivência e pertença à comunidade;

5. Compromisso: participação nas tarefas de edificação da Igreja;

6. Caridade: solidariedade com os oprimidos.

13.1-    MEIOS PARA REALIZAR O TEMPO DO CATECUMENATO

Origem das palavras
    Antes de tudo, vejamos o sentido original das palavras que estamos usando. “A palavra catecumenato procede do verbo grego katechéin, que significa ressoar, fazer soar aos ouvidos e, por extensão, instruir, catequizar. Assim, catecúmeno é o que está sendo instruído, catequizado; mais concretamente, o que está sendo iniciado na escuta da palavra de Deus. A definição mais antiga de catequista tem também o mesmo significado. Catequista é o que instrui na Palavra (...) ao discípulo ou catecúmeno”[1].
[1] Sáez, 1999, v. 1, p. 281.

a) o que é:
•     “O catecumenato é um espaço de tempo em que os candidatos recebem formação e exercitam-se praticamente na vida cristã” (Cf. RICA, n. 19);
•     Iniciação “no mistério da salvação e na prática dos costumes evangélicos” (n. 19);

 Introdução “na vida da fé, da liturgia e da caridade do povo de Deus” (n. 19);

   Quatro meios: catequese, prática da vida cristã: liturgia, testemunho e profissão de fé (n. 19).

13.2. CATEQUESE, PRIMEIRO MEIO DO CATECUMENATO
a) Finalidades:
* levar os catecúmenos “não só ao conhecimento dos dogmas e preceitos, como a íntima percepção do mistério da salvação de que desejam participar” (n. 19);
* “esclarecer a fé, dirigir o coração para Deus, incentivar a participação nos mistérios litúrgicos, animar o apostolado e orientar a vida segundo o Espírito de Cristo”.
b) Organização:

* Características: distribuída por fase, relacionada com o ano litúrgico, marcada por ritos de transição;

* Ritos de transição: marcam a passagem de uma fase para outra;
Exemplos: unção com o óleo dos catecúmenos, entrega do símbolo da fé, entrega da oração do Senhor, éfeta e recitação do símbolo;

- Alternativas: entrega do mandamento maior do Senhor, entrega do ícone de Cristo, entrega do Magnificat e outros cantos litúrgicos, entrega da Ave-Maria e do terço;

* Catequese composta de reuniões catequéticas e celebrações da Palavra de Deus; estas podem terminar com um exorcismo ou bênção.

c) Celebrações da Palavra de Deus:

* não é atividade complementar, mas constitutiva da catequese;

13.3- finalidades:

- gravar no coração dos catecúmenos o ensinamento recebido;
- levá-los a saborear as formas e as vias de oração;
- introduzi-los pouco a pouco na liturgia de toda a comunidade;

* especiais para os catecúmenos, de preferência aos domingos, com a presença de membros da comunidade; bem preparadas, com participação ativa;

* podem focalizar um ensinamento recebido nas reuniões catequéticas; com uma ou mais leituras bíblicas, relevantes para a formação; sem necessidade de seguir o elenco de leituras da missa.

13.4. TESTEMUNHO DE VIDA E PROFISSÃO DE FÉ, QUARTO MEIO DO CATECUMENATO
a) Finalidade: aprender a cooperar na evangelização e edificação da Igreja;

b) Como se realiza: pelo testemunho da vida e pela profissão de fé.

14. NO FINAL DOS ENCONTROS E CELEBRAÇÃO: EXORCISMOS E BÊNÇÃOS
     
    14.1. EXORCISMOS (n. 109 e 113)
* Finalidade espiritual: “purificar os espíritos e os corações, fortalecer contra as tentações, orientar os propósitos e estimular as vontades...”;

* “... manifestam aos catecúmenos as verdadeiras condições da vida espiritual, a luta entre carne e o espírito, a importância da renúncia (...) e a necessidade contínua do auxílio divino”;

* Pode ser ministrado por catequistas designados pelo bispo.

   15. RITOS DE TRANSIÇÃO (n. 103 e 105)
a) Celebração de entrega do símbolo da fé;
b) Celebração de entrega da oração do Senhor;
c) Celebração de recitação do símbolo da fé;
d) Celebração da unção com o óleo dos catecúmenos;
e) Outros possíveis ritos de transição a serem criados (Cf. n. 65): entrega do mandamento novo do Senhor, entrega do ícone de Cristo, entrega da Ave-Maria e do terço, entrega do Magnificat e outros cantos litúrgicos;

16. SEGUNDA ETAPA DA INICIAÇÃO CRISTÃ: CELEBRAÇÃO DA ELEIÇÃO OU INSCRIÇÃO DO NOME (n. 133-151)

      17. OBJETIVOS DO TEMPO DA ILUMINAÇÃO E PURIFICAÇÃO
a) O que é:  
* Terceiro tempo: “preparação mais intensiva para os sacramentos”; mais relacionada à vida interior que à catequese; preparação espiritual.

* Normalmente coincide com a quaresma
b) Finalidades:
* Iluminação e purificação dos corações e espíritos;
* Seguimentos de Cristo com maior generosidade.

     18. MEIOS PARA REALIZAR O TEMPO DA ILUMINAÇÃO E     PURIFICAÇÃO

a) recolhimento espiritual com a comunidade dos fiéis (n. 152): oração, caridade, jejum, escuta da Palavra; (no Brasil: CF, orações nas casas, via-sacra...)
b) proposta: tempo diário para leitura do evangelho do dia e oração;
c) nas celebrações os evangelhos dominicais do ano litúrgico;d) três escrutínios (celebrações penitenciais) para exame de consciência e penitência;
e) no sábado santo:

- suspensão do trabalho para oração, recolhimento, meditação e jejum;

- reunião para ritos de preparação imediata.

19. RITOS DE PREPARAÇÃO IMEDIATA (n. 193)

a) Ritos: recitação do símbolo, éfeta, escolha do nome cristão e unção com o óleo dos catecúmenos;

b) Possibilidade: ritos inseridos num retiro.

20. TERCEIRA E ÚLTIMA ETAPA DA INICIAÇÃO CRISTÃ: CELEBRAÇÃO DOS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTÃ (n. 208-234)

21. OBJETIVOS DO TEMPO DA MISTAGOGIA (n. 37-40. 235-239)
a) O que é: tempo assinalado pela nova experiência dos sacramentos e da comunidade (n. 7);
b) Quando: durante o tempo pascal ou nas semanas que seguem à celebração dos sacramentos;

22. MEIOS PARA REALIZAR O TEMPO DA MISTAGOGIA
* lugar especial dos neófitos nas missas dominicais, com seus padrinhos;

* Homilias;

* Novas explanações (catequese);

* Celebrações diocesanas presididas pelo bispo, com os que foram iniciados;
* convivência com membros e grupos da comunidade;
Celebração e festa de encerramento do tempo da mistagogia;
Reunião anual no aniversário do batismo.   

 CAIVIC - COMISSÃO ARQUIDIOCESANA DE INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ