Na Bíblia grega recebeu o titulo de Êxodo, que significa saída. Esse titulo resume o conteúdo do livro, a saída ou libertação dos israelitas do Egito. Porém, o livro não narra apenas a saída do Egito, mas sobretudo, a manifestação de Deus na montanha do Sinai O livro começa a narrar a história do libertador, Moisés.
O livro está assim dividido:
- Libertação do Egito
- Caminho pelo deserto do Sinai.
- A Aliança do Sinai.
A historicidade dos fatos narrados são aceitos unanimemente. Mas trata-se de uma história religiosa e de caráter popular, redigida muito tempo depois dos acontecimentos.
O livro procura ressaltar a intervenção providencial de Deus na libertação e formação do povo eleito. Por isso, o autor sagrado deixa de lado as causas naturais dos acontecimentos e descreve tudo com ação milagrosa de Deus. Não se pode negar a ação divina na libertação de Israel da opressão do Egito, mas não se pode dizer que tudo aconteceu por uma série de intervenções milagrosas durante quarenta anos.
Pode se dizer que este livro é ponto central do AT, é o Evangelho do AT. Como os Evangelhos este livro contém a Boa Nova da libertação. A experiência fundamental do povo de Israel é a experiência do deus Libertador.
Por isso, as narrações do Êxodo tornaram-se o protótipo de todas as outras libertações. Ainda hoje, estas narrações exercem grande influência. O faraó tornou-se símbolo de todas as opressões e alienações atuais; Israel representa os oprimidos e marginalizados. O próprio NT serve-se muitas vezes da temática do Êxodo. O Concilio Vaticano II definiu a Igreja como “povo peregrino” em busca da Pátria Celeste.